Acrónimo: | M3.4.B/CIÊNCIA CIDADÃ/018/2019 |
Centro de Custos: | 942 |
Código da Operação: | M3.4.B/CIÊNCIA CIDADÃ/018/2019 |
Título: | Nox- Poluição luminosa nos Açores |
Início-Fim: | 24-10-2019 - 24-04-2020 |
Entidade Beneficiária Principal: | Fundação Gaspar Frutuoso |
Gestores da FGF: | Gonçalo Goulart, Paula Oliveira |
Investigador Responsável: | João Miguel Tavarela da Silva Ferreira |
Unidades Orgânicas: | FCAA - Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente |
Unidades I&D: | GBA-cE3c - Grupo de Biodiversidade dos Açores |
Entidade | Montante |
---|---|
Financiamento Total | 4.192,00 € |
Direção Regional da Ciência e da Tecnologia (100.0 %) | 4.192,00 € |
Direção Regional da Ciência e da Tecnologia (100.0 %) | 4.192,00 € |
Principais Objetivos:
A poluição luminosa é um efeito adverso da luz artificial causado por fontes que iluminam de forma incorrecta ou excessiva. O mais recente Atlas mundial de poluição luminosa (Falchi et al, 2016) mostra que mais do que 80% da população mundial e mais do que 99% da população europeia vive em locais poluídos por luz artificial e que a Via Láctea já não é visível para cerca de 60% dos europeus. A poluição luminosa tem importantes efeitos na saúde e bem-estar das pessoas, impacto no funcionamento dos ecossistemas e consequências socio-económicas. Ao contrário do que se possa pensar, o céu dos Açores está poluído em muitos locais e o problema tem-se vindo a agravar com o decorrer dos anos. Várias localidades têm vindo a instalar luminárias LED de cor fria que aumentam a poluição luminosa. A poluição luminosa é reconhecida há vários anos com uma das causas principais de morte dos cagarros juvenis (Calonectris borealis), havendo alguns projectos (e.g. Luminaves) e trabalhos científicos que abordam este tema. Sendo os Açores um dos principais locais de nidificação desta ave, urge combater a ameaça da poluição luminosa para a conservação da espécie. O impacto noutras espécies de aves e noutros grupos taxonómicos é ainda desconhecido. Este projecto pretende iniciar a investigação de poluição luminosa nos Açores escolhendo para tal as ilhas da Terceira e Pico. A escolha da ilha Terceira é justificada por ser uma ilha com problemas de poluição luminosa e, dado que os membros da equipa estão sediados nesta ilha, ser mais simples e económico de implementar o projecto. A escolha da ilha do Pico justifica-se por ter um turismo de qualidade e em crescimento e em que é importante garantir que o ambiente é protegido, nas suas várias vertentes, incluindo a questão da poluição luminosa. Este projecto permitirá assim, pela primeira vez, tanto quanto é do nosso conhecimento, monitorizar a evolução da poluição luminosa nesta ilha. Justifica-se também por se pretender aferir se o Parque Natural da Ilha do Pico, nomeadamente a Montanha do Pico, tem potencial para futuramente poder candidatar-se a certificação internacional de excelência pela qualidade do céu nocturno, aplicado a regiões com reduzida poluição luminosa. Este projecto envolve os cidadãos de duas formas: - instalando fotómetros nas escolas secundárias e envolvendo os alunos e professores na análise e interpretação dos dados. Desta forma obtêm-se dados com valor científico com a participação da população escolar; e - organizando sessões de divulgação onde os cidadãos têm a oportunidade de medir o brilho do céu em alguns lugares e desta forma compreender o problema da poluição luminosa. Este projecto pretende também fornecer dados para projectos de ciência cidadã globais, tais como Stars4all e Globe at night. Com a participação de cidadãos na recolha e análise dos dados pretende-se fazer ciência e simultaneamente sensibilizar para este problema ambiental. Neste projecto participam João Miguel Ferreira (o proponente, UAC); Isabel R. Amorim (UAC) e Raul Cerveira Lima (Instituto Politécnico do Porto e Centro de Investigação da Terra e do Espaço da U. de Coimbra e especialista em Poluição Luminosa).
Descrição do Projeto:
Nox- Poluição luminosa nos Açores